
No Domingo de Ramos a Igreja convida os cristãos a meditar a Paixão do
Senhor. Este ano, somos guiados pelo evangelista São Lucas que na sua
narração demonstra nutrir uma grande veneração e admiração pelo seu
Senhor. Tal veneração manifesta-se no facto de que o evangelista evita
descrever os detalhes cruéis ou humilhantes da Paixão: ele não usa o
termo "flagelar", não fala da "coroação de espinhos". Ao mesmo tempo
Lucas revela uma grande admiração por Jesus, que é o modelo do justo
sofredor, d'Aquele que com tanta docilidade à vontade de Deus aceita
todos os sofrimentos e ajuda outras pessoas a converterem-se e a
encontrar a união com Deus. Uma divisão do texto por partes pode
facilitar a nossa reflexão: Lc 22, 7-38: Última Ceia; Lc 22, 39-46: a
oração de Jesus no jardim da oliveiras; Lc 22, 47-71: prisão e processo
hebraico; Lc 23, 1-25: o processo civil diante de Pilatos e Herodes; Lc
23, 26-49: condenação, crucificação a morte; Lc 23, 50-56: os
acontecimentos sucessivos à morte. Para cada dia desta semana foi
escolhido um trecho das partes assinaladas. Procura viver intensamente
esta Semana Santa.
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